Quinta, 20 de julho de 2000, 11h08min
Um grupo de físicos americanos pode ter descoberto uma velocidade
superior ao que antes se suponha ser a velocidade máxima do universo – a
velocidade da luz. Durante gerações, os físicos supuseram que não havia nada
mais veloz do que o movimento da luz no vazio, uma velocidade de 300 mil quilômetros
por segundo. Mas, em uma experiência da Universidade de Princeton, Nova Jersey
(EUA), físicos enviaram um raio de luz de laser através de vapor de césio
numa velocidade tão alta que saiu da câmera antes de terminar de entrar. Os
cientistas dizem que esta foi a demonstração mais convincente de que a
velocidade da luz pode ser superada, ao menos sob determinadas circunstâncias
em laboratório.
Os resultados serão publicados na edição de amanhã da revista Nature. O feito ainda não tem aplicações práticas imediatas, mas experimentos similares têm gerado entusiasmo na comunidade internacional de físicos teóricos e ópticos. A experiência de Princeton põe à prova os limites da teoria da relatividade que Albert Einstein descobriu no príncipio do século, segundo a qual a velocidade das partículas de luz no vazio é a única medida absoluta do universo. A velocidade de tudo mais seria relativa ao observador. Nas circunstâncias cotidianas, um objeto não pode viajar numa velocidade maior do que a da luz. Em possíveis aplicações práticas, o experimento poderia contribuir no desenvolvimento de computadores mais velozes, que transportariam informações em partículas de luz.
Os resultados serão publicados na edição de amanhã da revista Nature. O feito ainda não tem aplicações práticas imediatas, mas experimentos similares têm gerado entusiasmo na comunidade internacional de físicos teóricos e ópticos. A experiência de Princeton põe à prova os limites da teoria da relatividade que Albert Einstein descobriu no príncipio do século, segundo a qual a velocidade das partículas de luz no vazio é a única medida absoluta do universo. A velocidade de tudo mais seria relativa ao observador. Nas circunstâncias cotidianas, um objeto não pode viajar numa velocidade maior do que a da luz. Em possíveis aplicações práticas, o experimento poderia contribuir no desenvolvimento de computadores mais velozes, que transportariam informações em partículas de luz.
Agência RBS
Relatividade não foi violada
O
experimento de Lijun Wang, A. Kuzmich e A. Dogariu, do NEC Research Institute,
publicado na Nature, 406, 277, de 20 jul 2000, consiste na propagação de um
pulso de laser com 3,7 microns de extensão por uma cápsula de 6 cm contendo átomos
de césio especialmente excitados ao segundo nível, em uma situação
programada para que o índice de refração esteja mudando rapidamente. Como um
pulso de curta duração é necessariamente formado por um grande número de
ondas com freqüências diferentes, o que se mede é a interferência das
diferentes freqüências componentes do pulso, que mudam de fase devido à variação
do índice de refração. A fase relativa muda fazendo que a parte central do
pulso se adiante 1,7% de sua extensão. Como o início do pulso inicial ocorre
antes do centro do pico de saída, não há qualquer violação da casualidade.
Como a velocidade de fase da luz não muda, só a velocidade de grupo do pulso,
não há qualquer violação da relatividade. O próprio Lijun Wang, líder da
equipe explica: "Falando precisamente, é a velocidade de transferência da
informação que é limitada pela velocidade da luz no vácuo." Toda a
informação necessária sobre o pulso está contida em sua minúscula borda
frontal. Assim que essa parte do pulso entra na câmara, os átomos
especialmente preparados podem começar a reproduzir outro pulso idêntico no
outro lado da câmara. (27 jul 2000)
Fonte: Departamento
de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS
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