Unidade especial ainda atacou vilarejos chineses e fazia experimentos em humanos.
(Fonte da imagem: Reprodução/Encyclopedia)
Quando o assunto é Segunda Guerra Mundial, é impossível não citar os
campos de concentração nazistas e os horrores cometidos contra os judeus
e outras etnias. Mas o Japão, que sofreu igualmente com os bombardeios
atômicos, também cometeu algumas atrocidades que permaneceram secretas
por muito tempo.
Segundo o io9,
a história é a seguinte: dentro do Exército Imperial Japonês, estava
concentrada a Unidade 731, um grupo de soldados e pesquisadores que
tinha como foco a guerra química e biológica. Entre os planos do
batalhão, estava até mesmo o lançamento de bombas incendiárias em
florestas norte-americanas e um ataque kamikaze que lançaria bactérias
de peste em portos do país.
Mas as ideias da Unidade 731 não ficaram só na teoria. Depoimentos e
documentos revelados apenas recentemente indicam que vilarejos da China
receberam potes de arroz com pulgas que carregavam pragas, causando a
morte de centenas de milhares de camponeses indiretamente. Os ataques
aconteceriam em 1945, mas foram impedidos pelos bombardeios de Hiroshima
e Nagasaki e a posterior rendição do Japão, o que obrigou a equipe e
desmontar suas instalações.
O pior é que muita verba do governo japonês foi destinada à Unidade
731 – o próprio Imperador Hiroito vivia impressionado com os
conhecimentos de Ishii e seus equipamentos de filtragem de água. Há
alguns anos, de acordo com o Daily Mail, os sobreviventes que não foram presos ou condenados começaram a testemunhar contra os crimes.
Campos de concentração
Um dos laboratórios, hoje aberto ao público. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia)
Foram confirmados ainda vários experimentos com prisioneiros de
guerra e cobaias russas, chinesas e norte-americanas. Comandadas pelo
militar e físico Dr. Shiro Ishii, o homem por trás da Unidade 731, as
centenas de atrocidades cometidas não devem em nada para o que
conhecemos como obras nazistas: dissecações e retirada de órgãos para
estudo, injeção de vírus e bactérias para acompanhar a evolução de
doenças, inseminações forçadas e outras bizarrices escondidas por um
pano de fundo científico.
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